domingo, 17 de outubro de 2010

Montgomery Clift - 90 anos


Foi na faculdade que descobri Montgomery Clift. Vi A tortura do silêncio para cumprir uma tarefa de uma disciplina que nem lembro mais qual era. E o que era uma obrigação me deu um imenso prazer ao ver o talento deste americano de Nebraska, nascido em 17 de outubro de 1920. O olhar penetrante me cativou e fui em busca de outros trabalhos com ele. Hitchcock, que dirigiu Montgomery Clift em A tortura do silêncio dizia que olhar de Monty prendia a atenção de uma forma tal que era difícil não olhar para ele na tela.

Concordo inteiramente.

Gosto de autores que são expressivos.

Creio que o segundo filme que vi com a participação de Monty foi Quando a mulher erra, bastante fraco em comparação primeiro. Depois vi A um passo da eternidade, aquele cuja cena mais clássica é o beijo de Deborah Kerr e Burt Lancaster, mas para mim é o choro silencioso de Monty enquant
o toca o trumpete do quartel em Pearl Harbour após a morte do personagem de Frank Sinatra (papel este que rendeu o Oscar de melhor ator coadjuvante para "a voz").

Vi Rio Vermelho, seu primeiro sucesso,
e entendi porque o filme lhe rendeu a indicação ao Oscar em seu primeiro papel (fato só repetido por Orson Welles, Lawrence Tibbett, Alan Arkin, Paul Muni e James Dean. A paixão se transformou em amor de uma vez por todas quando vi Um lugar ao sol. Fazendo o papel de um pobretão com ambição, parente de gente rica, que convence uma garota pobre com quem trabalha na
fábrica do tio endinheirado a transar com ele e ela fica grávida ao mesmo tempo em que acaba se apaixonando por uma garota da alta sociedade (vivida por Elizabeth Taylor, amiga e apaixonada confessa por Monty).

Depois eu consegui assistir a De repente no último verão, Os deus vencidos e Os desajustados. Filmes nos quais a gente pode ver a transformação em seu rosto após o grave acidente que sofreu no final dos anos 50.

Há pouco mais de um ano, vi outro papel emocionante desempenhado por Montgomery Clift. Foi em A herdeira (The heiress) ou Tarde Demais. Química perfeita entre ele e Olivia de Havilland! O último filme que vi dele foi há dois meses: O julgamento de Nuremberg.

Hoje, o canal TCM está prestando uma homenagem ao aniversário de 90 anos de nascimento de Monty. Nada mais justo para alguém que prezava pela qualidade e não pela quantidade ao escolher seus papéis.

Mas Montgomery Clift também foi homenageado.
No famoso álbum London Calling, do The Clash, é Monty o sujeito da música The right profile. O R.E.M também fez música mencionando Montgomery Clift. Foi em Monty got a raw deal, do disco Automatic for the people.

Que fã seria eu, então, se deixasse essa data passar em branco?

Feliz aniversário, Monty!

R.I.P.

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