Diário de uma tia feliz (e coruja!)
Na minha época de não ser lá muito apaixonada por elas, confesso que nunca tive muito jeito pra cuidar delas nem nunca me vi exercendo a função de mãe. Criança cansa a gente, mas como nos dá momentos inesquecíveis. Muitos deles de carinho e amor genuínos.
Ontem, na casa do meu irmão, vivi mais um desses mágicos instantes. Estava tentando ajudar a solucionar o problema com o módulo isolador do micro que dei para eles e depois fui ler gibis com João e Clara. Clarinha pegou um e começou a ler, me deu um e eu o dividi mostrando as figuras a João para explicá-lo do que aquilo se tratava.
Ele no meu colo, escutando que eu fungava o nariz, levantou-se, procurou e pegou a fraldinha dele (de pano, daquelas de amarrar na chupeta) e começou a enxugar meu nariz.
Diz se eu posso com uma coisa dessas?
Posso sim, mas o coração fica daquele jeito. Todo derretido.
Os dois só foram dormir depois que se convenceram de que eu precisava ir pra casa descansar também. Clara pediu para que eu a cobrisse e João não teve dúvidas: pediu-me o mesmo, apesar de dormir descoberto.
É, eles andam numa fase de "a tia é minha".
Clarinha, aquela danadinha, faz mais por brincadeira, mas João - mais novo cinco anos - acha que é à vera. Aí já viu, né?
Eu saí de lá com a imagem de João me pedindo para não ir embora enquanto segurava a minha mão e de Clarinha, já mais acostumada com a separação das casas, dizendo a ele que se ele dormisse, o dia ia nascer logo e ele ia poder me ver de novo.
Lindo, né?
Agora me digam, meus queridos cinco leitores: como é que ainda tem gente que maltrata criança?
2 Comentários:
fato... :/
eu te disse que sobrinhos dominam o mundo, não disse?
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