domingo, 17 de outubro de 2010

Montgomery Clift - 90 anos


Foi na faculdade que descobri Montgomery Clift. Vi A tortura do silêncio para cumprir uma tarefa de uma disciplina que nem lembro mais qual era. E o que era uma obrigação me deu um imenso prazer ao ver o talento deste americano de Nebraska, nascido em 17 de outubro de 1920. O olhar penetrante me cativou e fui em busca de outros trabalhos com ele. Hitchcock, que dirigiu Montgomery Clift em A tortura do silêncio dizia que olhar de Monty prendia a atenção de uma forma tal que era difícil não olhar para ele na tela.

Concordo inteiramente.

Gosto de autores que são expressivos.

Creio que o segundo filme que vi com a participação de Monty foi Quando a mulher erra, bastante fraco em comparação primeiro. Depois vi A um passo da eternidade, aquele cuja cena mais clássica é o beijo de Deborah Kerr e Burt Lancaster, mas para mim é o choro silencioso de Monty enquant
o toca o trumpete do quartel em Pearl Harbour após a morte do personagem de Frank Sinatra (papel este que rendeu o Oscar de melhor ator coadjuvante para "a voz").

Vi Rio Vermelho, seu primeiro sucesso,
e entendi porque o filme lhe rendeu a indicação ao Oscar em seu primeiro papel (fato só repetido por Orson Welles, Lawrence Tibbett, Alan Arkin, Paul Muni e James Dean. A paixão se transformou em amor de uma vez por todas quando vi Um lugar ao sol. Fazendo o papel de um pobretão com ambição, parente de gente rica, que convence uma garota pobre com quem trabalha na
fábrica do tio endinheirado a transar com ele e ela fica grávida ao mesmo tempo em que acaba se apaixonando por uma garota da alta sociedade (vivida por Elizabeth Taylor, amiga e apaixonada confessa por Monty).

Depois eu consegui assistir a De repente no último verão, Os deus vencidos e Os desajustados. Filmes nos quais a gente pode ver a transformação em seu rosto após o grave acidente que sofreu no final dos anos 50.

Há pouco mais de um ano, vi outro papel emocionante desempenhado por Montgomery Clift. Foi em A herdeira (The heiress) ou Tarde Demais. Química perfeita entre ele e Olivia de Havilland! O último filme que vi dele foi há dois meses: O julgamento de Nuremberg.

Hoje, o canal TCM está prestando uma homenagem ao aniversário de 90 anos de nascimento de Monty. Nada mais justo para alguém que prezava pela qualidade e não pela quantidade ao escolher seus papéis.

Mas Montgomery Clift também foi homenageado.
No famoso álbum London Calling, do The Clash, é Monty o sujeito da música The right profile. O R.E.M também fez música mencionando Montgomery Clift. Foi em Monty got a raw deal, do disco Automatic for the people.

Que fã seria eu, então, se deixasse essa data passar em branco?

Feliz aniversário, Monty!

R.I.P.

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Ajuda às vítimas da chuva em Pernambuco

É, faz muito tempo (desde abril) que não aparecia por aqui.

Muita coisa aconteceu e algumas não tão legais.

Dentre elas, a tremenda chuva que devastou muitas cidades de Alagoas e Pernambuco em plena Copa do Mundo.

Se você já ajudou e quer ajudar novamente ou ainda não deu sua contribuição, leve alimentos não perecíveis e material de limpeza e de higiene para os postos de arrecadação.

Semana passada, fomos entregar o que nós conseguimos arrecadar em uma homenagem a Elvis realizada em agosto. A entrega aconteceu no quartel do Corpo de Bombeiros da Av. João de Barros.

Lá eles não estão mais aceitando roupas, mas todo o resto é necessário para quem perdeu tudo.

Ajude!

Por favor.

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sexta-feira, 30 de abril de 2010

O dia em que me casei no Cristo Redentor - parte final

Tá, meus queridos cinco leitores e em especial a Stella, eu sei que o assunto já é coisa do passado, mas como estava em dívidas, eis aí embaixo o capítulo final da novela O dia em que me casei no Cristo Redentor. Como hoje faz 10 anos que eu e Expedito começamos nosso relacionamento, nada melhor que homenagear a data contando como foi o dia que casamos, não é?
Foi com emoção, muita emoção!
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Aquele 23 de outubro começou nublado, mas a previsão era de sol para aquela sexta-feira. Acordei por volta das 7h, tomei o café de manhã e fui com mainha direto para o Galeão. Lá pelas 9h30 o restante da minha família ia chegar e isto significava dizer meu pai, meu irmão, minha cunhada, meus dois sobrinhos, um primo que foi criado como um irmão conosco, a esposa dele, a sogra do meu irmão e mais alguns amigos.

Um engarrafamento perto do aeroporto foi o sinal de que o trânsito naquele dia seria complicado. Por que eu não levei isso em consideração logo de cara? Não sei. Talvez porque o Dia da Noiva para mim não ter sido agendado para acontecer em um salão, em um hotel, enfim... O fato é que, quando avistei minha família e minha mãe notou a ausência das crianças, eu até tive esperanças de que elas poderiam estar sentadas em algum lugar longe de nossas vistas, mas a apreensão dos dias anteriores voltou com força total.

O impensável havia realmente acontecido.

“A GOL não deixou as crianças embarcarem”, contou-me uma das madrinhas de minha sobrinha.

Eu não acreditei, juro que não acreditei.

Mas meu irmão me confirmou e o chão sumiu debaixo dos meus pés.

Como não desmaiei ou desabei no choro, ainda não sei.

Apesar de acompanhados do pai, da mãe, do avô paterno, da avó materna, de outros parentes, madrinhas e amigos, João e Clara tiveram que ficar em Recife.

Sem a certidão de nascimento original ou autenticada, eles não embarcariam. Sem tempo hábil para pegar o documento antes de todos embarcarem, minha cunhada ficou com meus sobrinhos para viajar somente às... 12h!!!

Eu sabia que eles atrasariam, eu soube disso na hora.

Toda a minha aflição sobre toda minha família estar em um mesmo avião e algo de ruim acontecer que havia sido aliviado quando os demais desembarcaram voltou ainda pior.

Realmente parecia que tudo conspirava para que o casamento não acontecesse e que eu estava sendo estúpida em manter aquela ideia.

Tinha uma convicção quase plena de que uma tragédia estava por vir.

Não contei isso para ninguém.

Era mais uma das coisas que só conversei comigo mesma.

Tranquilizei meu irmão, minha mãe e os demais.

Todos me contaram como foi a confusão no aeroporto de Recife para embarcar e eu peguei o telefone para falar com Patrícia com uma calma que eu, com certeza, não sentia por dentro.

Sim, eu pensei em cancelar tudo.

Estava decidida que, se eles não chegassem a tempo, o casamento iria ser cancelado.

Não, eu não compartilhei isso também com ninguém.

Guardei para mim com a mesma fé de que Deus não me abandonaria.

Mas só ele mesmo sabia como passei todas aquelas horas.

Praticamente não almocei.

Não fui a cabelereiro, manicure, maquiadora.

Nada.

Minha cabeça não estava mais no Rio.

Estava em Recife.

Em duas crianças que amo como a dois filhos e que choraram por não ter embarcado com a família para o casamento que eles tanto queriam ver.

Quando as vans para levar os convidados que estavam hospedados no flat chegaram às 15h30, liberei uma delas para que Expedito fosse para o Cristo com a família e alguns de nossos amigos.

Mas o avião com minha cunhada e meus sobrinhos ainda não havia chegado no Rio.

Monitorei pela internet o site da Infraero, que dizia que ele já estava no pátio. Tentei convencer a todos que podiam embarcar na outra van e ir, mas ninguém quis arredar o pé. Convenci meu irmão a liberar a van, dizendo que eu, ele, Patrícia e os meninos iríamos de táxi.

E enquanto ele descia para falar com todos e eu ficava sozinha naquele quarto, um desespero quase devassador tomou conta de mim.

Acho que nunca vou esquecer o som da porta fechando e do pânico que ameaçou me dominar de uma vez por todas.

Eram quatro horas da tarde quando minha cunhada atendeu o celular e disse que estavam pegando um táxi no Galeão para ir ao flat.

Ainda sozinha no quarto naquele momento e, aliviada, chorei como há muito tempo não fazia.
Quando meu irmão reapareceu para dizer que todos iam me esperar e me viu chorando, quase ele mesmo chora antes mesmo de saber o que estava acontecendo.

Felizmente, eles tinham chegado.

Graças a Deus!

Mas o trânsito no Rio, naquela sexta-feira, já estava mais que caótico.

O Cristo Redentor sumira dentro de uma nuvem que eu sabia já não mais iria embora.

Mas isso não mais me importava.

Todos estavam bem e a caminho.

Quase quarenta minutos depois, os três chegaram no flat.

Agradeci tanto minha cunhada e beijei tantos meus sobrinhos que, por mim, mandava chamar o noivo, os outros convidados e o padre para casar na Praia de Copacabana e não mais no Corcovado.

Como não era possível, minha cunhada fez passou meu batom favorito na minha boca (eu tremia demais para isso), botou uma sombra qualquer em mim e me liberou pra ir pra van. Depois arrumou as crianças e se arrumou.

Eram 17h quando saímos do flat. Hora na qual a cerimônia deveria estar começando.
Com um trânsito bom, chegaríamos em 15... 20 minutos na estação do Cosme Velho.
Levamos duas horas.

A síndrome de pânico ameaçou me pegar novamente quando ficamos presos no Túnel Rebouças graças a um carro que se incendiara, mas, nervosa, e tentando mostrar um sentimento totalmente diferente, peguei meu celular que estava com alguém e comecei a buscar músicas de Elvis para ouvir.

Não consegui.

Minha mente estava ocupada demais com todas as preces que eu conhecia e com um sem número de promessas que provavelmente devo ter uma por dia até completar um ano de casada.

Presos no Cristo Redentor com uma nuvem que atrapalhava o funcionamento correto do sinal dos celulares, Expedito, família e amigos tentavam se comunicar comigo com um telefone fixo da paróquia.

Conseguiram algumas vezes.

Na última, confirmaram que provavelmente o Trenzinho do Corcovado estaria fechado quando chegássemos lá.

E estava!

Até hoje imagino que, se tivéssemos contratado uma equipe para filmar, esta seria uma sequência de filme pastelão. Noiva, pais da noiva, padrinhos e convidados, todos arrumados correndo pelas ruas em busca da van que nos trouxera para subir o morro do Corcovado.

Em tese, tudo estaria resolvido, certo?

Errado.

Ainda faltava convencer o pessoal responsável pela liberação do público que sobe de carro até certo ponto que precisávamos subir até os pés da estátua.

Não conseguimos. E enquanto a van ficou no meio do caminho, meu irmão pagou para todos subirem nas vans do próprio consórcio que administra o transporte.

Burocracia, eu sei.

Mas vai dizer isso para uma noiva atrasada duas horas, atravessando a Floresta da Tijuca, já no escuro, em meio a uma imensa nuvem densa, em uma estrada totalmente sinuosa!

Lembram daquele medo de que uma tragédia aconteceria?

Pois é, ele voltou enquanto eu imaginava como iríamos descer com todo aquele cenário de filme de terror ao nosso redor.

Quando saímos do elevador que dá acesso às escadas rolantes do Cristo Redentor, estava tão nublado que eu sequer enxergava minha mão diante do meu rosto. Tentei ver alguma coisa por ali e, juro, achei que haviam mandado retirar os restaurantezinhos e lanchonetes daquele área, pois não os via.

Também não vi ninguém, a não ser o padre e Expedito quando, finalmente, cheguei em frente à entrada da pequena capela de Nossa Senhora Aparecida.

Como se tivesse passado por uma das maiores batalhas da minha vida, o alívio novamente me levou às lágrimas.

Até meu irmão chorou, mas isso eu só soube depois.

Estava ainda tão assustada e ao mesmo tempo tão feliz que foi como se meu corpo e minha alma tivessem se separado enquanto o padre nos abençoava e fazia todos os ritos do casamento. O corpo estava ali, mas a alma parecia entorpecida.

Mal ouvia o que ele falava.

Mal percebia que o fotógrafo, contratado e levado de Abreu e Lima para o Rio especialmente para registrar aquele momento, estava tentando nos guiar para fazer o serviço que, afinal, ele acabou fazendo com maestria.

Com aquela nuvem nos isolando do mundo lá fora, era como se estivéssemos em outra dimensão.

Onde nada mais podia dar errado. E, pensando bem agora, nada, de fato, deu errado.

Expedito me emocionou beijando as alianças como, acho, que ele jamais havia feito.

Era como se tudo o que havia acontecido tivesse sido mais uma forma de reafirmarmos para Deus que aquilo era realmente o que queríamos: ficar juntos, com a benção Dele.

Não foi fácil, mas nós conseguimos!

Ainda estava com o coração apertado na hora de descer o morro do Corcovado, fiz questão de ser a última a sair de lá para que ninguém fosse deixado para trás.

O que me faz lembrar de algo no qual eu havia esquecido completamente de pensar naquele dia: o bolo!

E se você pensa que ele ficou imune a tanta confusão está completamente enganado!

Até mesmo o bolo sofreu com as forças do mal que tentaram atrapalhar nossa felicidade.

Sim, queridos cinco leitores!

O ar condicionado do carro onde ele estava sendo transportado não deu vencimento no meio do mesmo trânsito caótico.

Resultado: a cobertura dele desmoronou e precisou ser refeita. Levando-se em conta que era um bolo pintado, vocês imaginam o quanto foi até bom tudo ter atrasado ou chegaríamos no Zozô, o restaurante onde o jantar de casamento ocorreu, com a boleira literalmente com a mão na massa.

Mas quando todos me contaram o que havia acontecido, o pior já tinha passado e já era hora, literalmente, da festa!

E aproveita-la era preciso!

Ou vocês acham que eu não iria rir de tudo depois de tanto abacaxi descascado?

É, amigos, casar não é fácil.

Mas é inesquecível!

O nosso, então, ficará na memória de todos.

Se você quiser ver as fotos, é só clicar aqui.

A todos que foram, meu muito obrigada por estar presente em um dia tão importante na nossa vida.

E a quem torceu contra, eu só tenho uma coisa a dizer. Trata-se do meu lema naqueles dias:
MAIS FORTE SÃO OS PODERES DE DEUS!

(vocês acreditam que o computador reiniciou do nada enquanto eu escrevia esse texto e que o blogger não estava me deixando publicando este post? Coincidência?)

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sexta-feira, 9 de abril de 2010

S.O.S Rio!

Depois de tantos meses parado, este blog volta à ativa com um apelo para que vocês, meus queridos cinco leitores (se ainda estiverem aí) ajudem o meu amado Rio de Janeiro, castigado por tempestades, alagamentos e deslizamentos esta semana.

E falo Rio de Janeiro o estado e não apenas a cidade do Rio.

Se você quiser fazer doação em dinheiro, deposite em uma das (ou mais) contas abaixo:

Fundo da Infância e Adolescência:

Banco do Brasil
Agência: 4767-8
Conta corrente: 42779-9

Viva Rio
Banco do Brasil Agência: 1769-8
Conta corrente: 411396-9

Bradesco (o banco abriu uma conta para receber as doações):
Bradesco
Agência: 309
Conta corrente: 12000-6

Niterói
Se você quiser ajudar as vítimas dos deslizamentos em Niterói, as doações de alimentos, roupas, produtos de higiene pessoal, colchonetes e água podem ser encaminhadas para o Clube Canto do Rio, na Avenida Visconde do Rio Branco 701, ao lado do DCE da Universidade Federal Fluminense (UFF).

Rio de Janeiro

De acordo com o site da Globonews, a Secretaria municipal de Assistência Social ampliou o número de postos de atendimento para o recebimento de doações às vítimas da chuva que castiga o estado do Rio.

Além do Centro Administrativo São Sebastião e da Cruz Vermelha, a Secretaria Municipal de Assistência Social mobilizou mais 21 postos de atendimento para o recebimento de doações para os desabrigados das enchentes no Rio:

Centro de Referência da Assistência Social Germinal Domingues
Rua Ambiré Cavalcanti 95, no Rio Comprido
Quadra da Mangueira
Rua Visconde de Niterói 1.072
Centro de Referência Especializado da Assistência Social Maria Lina
Rua São Salvador 56, Laranjeiras
Centro de Referência Especializado da Assistência Social Arlindo Rodrigues
Rua Desembargador Isidro 48, na Tijuca
Centro de Referência da Assistência Social Rinaldo de Lamare
Avenida Niemeyer 776, em São Conrado
Região Administrativa Jacarezinho
Praça da Concórdia
Quadra da escola de samba Jacarezinho
Avenida Dom Helder Câmara, em frente ao número 2.066
4ª Coordenadoria de Assistência Social
Rua da Regeneração 654, em Bonsucesso
Centro de Referência da Assistência Social Anilva Dutra Mendes
Posto de Saúde Nagib Farah, na Rua Antônio Albuquerque s/nº, no Jardim América
5ª Coordenadoria de Assistência Social
Rua Capitão Aliatar Martins 211
Centro de Referência Especializado da Assistência Social Professora Márcia Lopes
Rua Carvalho de Souza 274, em Madureira
6ª Coordenadoria De Assistência Social (Subprefeitura da Zona Norte)
Rua Luiz Coutinho Cavalcanti 576, em Guadalupe
Coordenadoria de Assistência Social Francisco Sales Mesquita
Rua Sargento de Milícias s/nº, na Pavuna, ao lado da delegacia
7ª Coordenadoria de Assistência Social
Estrada do Guerenguê 1.630, em Curicica
Centro de Referência Especializado de Assistência Social Daniela Peres
Rua Albano 313, na Praça Seca
CREAS Adailza Sposati
Rua Professor Carlos Venceslau 211, em Realengo
Centro de Referência da Assistência Social Heloneida Studart
Rua Rangel Pestana 510, em Bangu
9ª Coordenadoria de Assistência Social
Rua José Euzébio s/nº (antiga Rua do Rádio), em Campo Grande
Centro de Referência da Assistência Social Cecília Meireles
Rua Olinda Elis 470, rampa 4, 3º andar , em Campo Grande
10ª Coordenadoria de Assistência Social
Avenida Brasil s/nº, em Santa Cruz (esquina com Avenida Padre Guilherme Decaminada)
Centro de Referência Especializado da Assistência Social Padre Guilherme Decaminada
Rua Lopes Moura 46, em Santa Cruz
Centro Administrativo São Sebatião
Rua Afonso Cavalcanti 455, térreo
Cruz Vermelha
Praça da Cruz Vermelha s/nº, no Centro

Os artigos de maior necessidade são colchonetes, roupas de cama e banho, material de higiene, fraldas, alimentos não perecíveis, leite em pó e água mineral.

Mais informações podem ser obtidos com a Ouvidoria da Secretaria municipal de Assistência Social, pelo telefone (21) 3973-3800.

De coração, agradeço desde já a todos que puderem colaborar para a recuperação do meu amado

Rio de Janeiro.

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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Tchau, 2009

Vou ficar devendo - por enquanto - o final da saga do casório, mas no final de semana, eu termino, ok, meus queridos cinco leitores?

Agora, deixem-me fazer a retrospectiva de 2009, que se despede da gente hoje:

1) Melhor coisa que fiz para mim
Enfrentei a síndrome do pânico e to em vantagem nessa briga

2) Melhor coisa que fiz para alguém
Levei minha mãe, todos os dias, por cinco meses, para fazer fisioterapia, abdicando das tardes para o bem dela

3) Melhor coisa que fizeram para mim
Minha família e alguns amigos sairam de Pernambuco para ir pro meu casamento no Rio. Demonstração de amor e carinho é algo simplesmente tocante e inesquecível.

4) Pior coisa que fiz para mim
Parei de ir a academia e comi horrores, resultado: engordei pra caramba.

5) Pior coisa que fiz para alguém
Me afastei de certos aproveitadores

6) Pior coisa que me fizeram
A Igreja Católica quase cancelou meu casamento

7) O que eu queria ter dito e disse
Nós vamos nos casar no Cristo Redentor.

8) O que eu queria ter dito e não disse
Não - palavra tão simples mas ainda tão difícil em certas ocasiões

9) O que eu queria ouvir e me disseram
"Eu, Expedito, aceito Gilvania como minha esposa para amá-la...."

10) O que eu queria ouvir e não disseram
"Cientistas descobriram como emagrecer dormindo"

11) O que disse que ia fazer e fiz
Comemorar os 10 anos da primeira viagem ao Rio no Rio

12) O que disse que ia fazer e não fiz
Emagrecer e aprender a nadar

13) O que disseram que iam fazer por/para mim e não fizeram
Me ajudar a pagar minhas dívidas

14) Momento mais feliz
Quando vi minha família reunida no meu casamento no Rio.

15) Momento mais angustiante
A espera pela chegada da minha cunhada e meus sobrinhos no vôo que os levaria ao Rio no dia do meu casamento.

16) Momento inesquecível
Todos antes, durante e depois do casamento no Rio

17) A música ressuscitada do ano
Love comin' down, Elvis

18) A música que me guiou durante o ano
The twelfth of never, Elvis

19) O meu lema foi...
"Mais forte são os poderes de Deus!"

20) A nota para este ano
7, porque os problemas apareceram mas foi possível resolvê-los

FELIZ 2010 A TODOS NÓS!

domingo, 6 de dezembro de 2009

O dia em que me casei no Cristo Redentor - para corações fortes

Quando vi a trabalheira que foi o casamento do meu irmão, em dezembro de 1998, eu decidi que não iria passar por aquilo também. Além de ser muito dispendioso e estressante, havia o cococó, designação que dou para aquelas coisinhas tradicionais as quais desgosto, e a diversidade de detalhes sempre me fizeram crer que esse negócio não era para mim.

E meu irmão começou a se preparar quase um ano antes.

Alguém me explica, então, o que deu na minha cabeça para encarar isso tudo e ainda por cima com a organização sendo feito à distância com pouco mais de três meses para preparar tudo?

Eu devia estar maluca!

Como permitiram?

Cadê os amigos numa hora dessa? E a família que não viu que era loucura?

A todos, meus mais sinceros agradecimentos por não terem mandado me internar.

Foi a loucura mais inesquecível da minha vida!

Apesar de todas as pedras no caminho...

Os preparativos

Para que nada desse errado, a gente tentou se cercar de todas as certezas. Vimos toda a questão de papelada assim que nos decidimos por encarar o casório no Corcovado. Como a cerimônia religiosa não ia ter efeito civil, tínhamos que resolver logo as pendências para o Casamento Civil aqui em Pernambuco.

Como já moramos juntos em Abreu e Lima, teríamos que casar no fórum daqui. Mas um primo nos deu as piores referências do casamento dele lá no início do ano e, como tínhamos comprovantes de residência em nosso nome na casa de nossos pais em Recife e Jaboatão dos Guararapes, a alternativa estava criada.

Optamos por Recife, porque a cerimônia seria realizada no Fórum Joana Bezerra. No entanto, como apresentamos comprovantes de residência em cidades distintas, tivemos que dar entrada nos proclamas em ambas. Isto significa dizer, meus queridos cinco leitores, que você e seu amor pagam duas taxas: em Recife, foi pouco mais de R$ 100; em Jaboatão pagamos quase mais R$ 90.

Essa tramitação, se você for ágil na entrega dos documentos e ir nos dois cartórios, leva uns 15 dias úteis para ficar pronto. E funciona assim: primeiro, você vai em algum cartório da cidade escolhida para o casamento com original e cópia de certidão de nascimento, comprovante de residência de ambos, identidade e CPF. Daí, o cartório pede para você pagar as taxas e voltar lá para pegar a documentação que você leva para dar entrada na tramitação dos proclamas na outra cidade.

Nós fizemos tudo isso direitinho e não tivemos problema algum. A data que escolhemos também estava livre e agendamos para 09 de setembro, o cabalístico 09/09/09.

Em paralelo a isso, nós entramos em contato com a administração da paróquia de Nossa Senhora da Aparecida - a do Corcovado - para pedir a relação da documentação que deveríamos entregar lá. Em julho, atente a isso, nós tínhamos não só essa lista em mãos, como imediatamente fomos à paróquia mais perto aqui de casa para solicitar cada um deles, com exceção dos batistérios.

E foi pelos batistérios que a falha de comunicação entre as igrejas surgiu.

Eu fui a primeira a pegar meu batistério (é preciso informar seu nome completo, dos padrinhos e a data do batizado) à igreja onde foi realizado seu batismo. A mim me cobraram uma taxa de R$20 para liberar o documento.

Meu pai foi buscar para mim. O atendimento foi bom e rápido. Só que, ao abrir o papel, vi que só havia meu nome e não o nome completo. Na hora, liguei para lá para saber se é assim mesmo. Não conformada com o "sim" deles, escaneei o papel e enviei por e-mail para o Corcovado.

Eles não quiseram aceitar. Exigiam o documento com o nome completo.

"A igreja de lá está maluca, e nós não vamos dar documento algum do jeito que eles querem porque o certo é assim", foi a resposta que obtive da igreja de cá.

No meio da briga, eu, desesperada pela primeira vez - repare que eu disse primeira vez.

Para resolver, o impasse, a Cúria do Rio foi acionada e disse que a documentação era aquela mesmo.

Graças a Deus.

Isto nos deixou tranquilos, uma vez que o batistério de Expe, em São Paulo, também estava assim (os pais dele aproveitaram uma viagem à capital paulista para passar lá e pegar o documento dele).

Por outro lado, serviu de alerta para que tudo o que fosse de documento a gente sempre mandasse pra lá escaneado para que eles nos dessem o aval (tá lembrado em que mês foi isto, não é?).

O próximo passo foi entrar em contato com a igreja daqui, onde falamos sobre o Curso de Noivos e os proclamas que ocorrem durante isso. Como haveria um casamento coletivo em agosto por aqui, eles nos pediram para entrar em contato depois disso para agendarmos o curso e falar mais sobre isso.

Foi o que fizemos. O curso foi agendado para os dias 20 e 27 de setembro para "dar tempo de correr todos os proclamas", disseram eles e para nós termos a certeza de que o tempo não iria nos pregar peças.

Na última semana de agosto, a pessoa que se comunicou conosco o tempo todo no Corcovado nos perguntou se poderíamos pagar já a taxa de R$2.100, uma vez que ela estaria de férias em setembro - mês no qual deveríamos efetuar o pagamento.

Sem problemas, dissemos, melhor porque é uma etapa a mais sendo resolvida. Transferimos o montante para a conta da nossa comadre, além de um valor para que ela fosse até lá (fica no Jardim Botânico) de táxi para pagar e pegar o recibo.

Enquanto as pendências na igreja daqui não eram resolvidas (afinal ainda não estava na data para isso, lembram?), compramos o pano para a sogra do meu irmão fazer meu vestido de noiva e o de daminha de Clara, pois meu irmão e o restante da minha família e a família de Expe nos deu a grata excelente notícia de que todos iriam para o casamento.

Foi aí que o que seria, para nós, um simples casamento, passou a se tornar um sonho.

Todos compraram as passagens, fechei a hospedagem com o Atlântico Flat Service para todos nós e ainda achamos um lugar lindo para fazer o jantar pós-casamento: o Restaurante Zozô, na minha amada Urca.

Tudo corria às mil maravilhas: o casamento no civil, o curso de noivos, a tiara que não aparecia surgiu num local inesperado, a sandália baixinha que eu queria também achei numa vitrine de um shopping, a documentação. Enfim, tudo corria para um desfeixo feliz.

Todos pareciam bastante animados para a viagem e ela chegou para nós dois, minha mãe, uma amiga de minha mãe e outra lá do meu trabalho no dia 19 de outubro.

A reta final

Hoje, eu vejo que aquele tempo feioso inacreditável e inesperado que encontramos já no primeiro dia no Rio era um sinal para as intempéries que estavam por vir. Naquela segunda-feira, eu o encarei apenas como um contratempo para curtirmos melhor a cidade. Além disso, minha mãe não apareceu no local combinado e passamos uma hora procurando por ela no Galeão, imaginando que mil coisas terríveis poderiam ter acontecido a ela. Graças a Deus, nós a encontramos sã e salva.

Fomos para o hotel.

Como o padre não pôde nos receber na segunda, agendamos para ir ao Santuário, cuja administração fica no bairro do Jardim Botânico na terça. Fomos e, na hora, eu e Expe sentimos que havia algo estranho no ar. Apesar da paz que havia no local, eu confesso ter saído de lá preocupada. Apesar de terem garantido que a documentação entregue estava tudo ok, meu coração parecia não acreditar muito naquilo.

Culpa do meu desconfiômetro. Ele está sempre ligado, pensei.

Coincidência ou não, uma diarreia se instalou em mim depois disso. E olha que eu muito raramente tenho dor de barriga que dirá isso.

Mau olhado, pensei.

Fiquei tão mal que estraguei a programação de todos e ninguém saiu do apartamento na terça-feira também.

Nervosismo? Quem sabe?

O fato é que aquele seria apenas o primeiro dia de uma diarreia que se estendeu por mais cinco dias - sim, você que fez as contas não errou: eu também estava assim no dia do casamento.

Logo depois que chegamos ao flat, o pessoal do Corcovado nos ligou. Curiosamente, apenas perguntaram qual a minha profissão e a de Expe.

Desligaram dizendo que estava tudo em ordem.

Dramática que só eu, fiquei me perguntando o porquê de perguntarem justamente isso e porque garantir que estava tudo bem. Quando algo está bem não é preciso se dizer, não é?

Começa a quarta-feira e é o primeiro dia que vimos o sol no Rio.

Pouco depois da hora do almoço, o tempo começou a fechar e isso não teve nada a ver com questões climáticas.

Estávamos nas Americanas da Nossa Senhora de Copacabana. Eu, mainha e Margarida esperávamos Expe, que estava na fila para pagar umas encomendas da mãe dele quando meu celular tocou. Do outro lado, a voz desesperada da minha cunhada.

Nunca vou esquecer o medo dela dizendo que o padre carioca tinha ligado pra paróquia aqui do bairro dizendo que estava faltando documentação.

Tentei acalma-la, mas meu coração quase sai pela boca. Liguei imediatamente pro Santuário do Cristo Redentor. Como que ratificando o que já tinha dito ao pessoal que estava aqui, o padre disse que sem aquela documentação não poderia realizar o casamento.

Vou repetir: a dois dias do casamento, o padre me disse que o casamento poderia não ser realizado.

Algum dos meus queridos cinco leitores faz ideia de como me senti naquela hora?

Eu, até hoje, tenho dúvidas se o que senti foi mais desespero ou revolta.

Desespero porque o tempo era curtíssimo e revolta porque eu tinha feito tudo com antecedência e podíamos ser prejudicados pela incompetência de alguém.

Receber a indiferença do padre naquele momento também não ajudou. Disse-me que eu tinha que ir no Santuário pegar a documentação que tinha deixado lá (aquela que eles tinham dado o "ok") e que ele sequer poderia me esperar para entregar em mãos (detalhe: nós ainda não o tínhamos visto).

Deixaria o envelope com tudo na portaria.

Indignada, jurei a minha mãe antes de sair do quarto que se isso não se resolvesse eu ia processar a Igreja , mesmo que eu fosse excomungada, e que se um dia eu tivesse um filho ele não seria criado na Igreja como eu e meu irmão fomos.

Eu, com ódio no coração, voltei para o Santuário com um desesperado Expedito do lado.

Pegamos o envelope com o vigia (dá para acreditar nisso?) e de lá corremos para a agência de Correios mais próxima. Precisávamos mandar tudo via Sedex para que chegasse aqui no dia seguinte. Colocamos o endereço de casa e a moça disse que para Abreu e Lima só chegaria na sexta.

Na agonia, corrigi o endereço e botei com o CEP lá do trabalho. "Para Recife, como é capital, chega amanhã sim. Não sabemos que horas, mas até às 17h chega sim", garantiram para a gente lá não só a menina do caixa como a coordenadora da agência.

Pagamos até mais caro por isso.

Começava, então, outra etapa: a do rastreamento do documento e da reza para que tudo desse certo.

Ligamos para o padre para avisar e pedimos para ve-lo na quinta de tarde e não na quinta à noite, como ELE queria.

Ele nos atendeu.

Mas nada acalmava meu coração.

Tive uma crise de choro quando cheguei no apartamento e minha amiga Luciana me perguntou o que estava acontecendo.

Telefonema vai, telefonema vem, todos queriam saber, afinal, o que o padre do Rio queria.

Começava o jogo do empurra.

E enquanto isso eu não conseguia parar de pensar o que faria se aquela confusão toda não fosse resolvida a contento.

Vocês não têm ideia da quantidade de pensamento ruim que passou e se alojou na minha mente. Maiores que eles somente a proliferação de promessas feitas por mim, por Expe, minha mãe e todo mundo que gostava de nós.

Eu não dormi naquela noite.

A diarreia piorou.

A menstruação chegou de madrugada.

E a insônia dominou meus nervos.

Nada me fazia relaxar.

Para piorar, na TV anunciaram que a previsão para aquela quinta-feira, véspera do casamento, era de temporal.

Felizmente, o tempo abriu.

Em todos os sentidos.

Como eu disse a quem estava junto de mim naquela manhã, quando eu menstruei eu senti que a confusão seria resolvida.

É que em todas as grandes datas da minha vida eu estava naqueles dias (primeira comunhão, formaturas do segundo grau, faculdade e pós, casamento de meu irmão, PAN, viagem a Memphis etc).

O sol que brilhava em Copacabana tinha tudo para abrandar o fogo do ódio no meu coração enquanto me encaminhava com Expe até Ipanema, onde seria o encontro com o padre, mas eu ainda estava aflita.

Não queria pensar no que eu diria as pessoas que estavam por chegar no Rio para o casamento caso o desfecho do caso não fosse aquele que a gente queria.

Antes de falar com ele, rezei um Pai Nosso e pedi a Deus para que tudo se resolvesse pois sabia que tinha deixado minha mãe magoada, preocupada e triste com o que eu dissera sobre a Igreja.

Eu não queria fazer aquilo, queria apenas resolver tudo.

Uma fila em um corredor silencioso foi o que logo vimos perto da sala do padre.

Foi horrível a espera. Sentamos em lugares separados para piorar.

Um amigo do padre estava ao meu lado. Soube porque ele puxou assunto comigo. Por pouco, muito pouco mesmo eu não pedi a ele pra intervir.

Entrou antes da gente para falar com ele.

Quando chegou a nossa vez, todos os meus sentidos estavam em alerta.

Mal ele abriu a boca, meu telefone tocou. Era o pessoal da paróquia daqui. O Sedex não tinha chegado. Os Correios daqui disseram que a previsão era de chegar na sexta, pelo horário, depois que todos da minha família já tivessem embarcado para o Rio.

Não os ouvi mais depois disso, passei direto para o padre.

A frase dele mostrava que ele tinha ciência do que passava na minha cabeça.

"Nós temos que resolver isso dentro da própria igreja, porque o casal está se sentindo lesado."

Pronto. Havia esperança.

O que ele falou a seguir me deixou mais tranquila: "Eles são jornalistas e isso um casamento no Corcovado dá muita visibilidade."

Ele sabia. Sabia exatamente, jovem e moderno que era, do que nós seríamos capazes de fazer.

Quando desligou o telefone, disse que daria um jeito de nos casar e até falou de acionar o Tribunal Eclesiástico por conta do erro da igreja daqui.

Tive vontade de ligar para todos na mesma hora, mas mantive a calma.

Como? Eu realmente não sei.

A solução era a igreja daqui encaminhar uma documentação paliativa para que o casamento fosse realizado e depois enviar o que faltava para que o casório não fosse anulado.

Achando que o último problema tinha sido resolvido, fomos todos comemorar na Confeitaria Colombo naquela noite.

Estávamos enganados.

As fortes emoções mal tinham começado...

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Oração de São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.