terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Bruno Garcia, do GP para a tela da Globo

Acabei conseguindo uma carona depois do almoço para voltar pra casa hoje.

Sozinha ao chegar, liguei logo a TV. Estava passando a reprise de Coração de Estudante, no Vale a pena ver de novo, da Globo.

Sim, eu parei para assistir.

Não pela novela, mas por um ator do qual gosto muito: o Bruno Garcia.Cada vez que o vejo na tela eu sinto orgulho e o motivo é bem simples, meus caros cinco leitores: além dele ser talentosíssimo, ele estudou no meu amado GP. Eu sempre o vi como aquelas pessoas que têm brilho próprio e lembro muito bem das vezes que ele também aguardava o ônibus para o bairro de Ouro Preto na mesma parada na qual eu esperava o meu buzão.

Fico sempre feliz em ver que pessoas que estudaram em escola pública se deram bem na vida. Dá esperança, entende?

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Hoje não

A goleada que se configurava histórica pode sofrer uma reviravolta magnífica depois do que aconteceu hoje de madrugada.

Ladies and gentleman, esta que vos escreve conseguiu marcar mais um pontinho e o placar geral da competição registra:

Insônia 7 x 3 Gil.

E viva o maracujá!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Longa jornada noite adentro - parte 1

Início de mais uma tarde ensolarada na capital pernambucana.

E eu já pensando em como será esta noite.

E aí tento puxar pela memória para ver se lembro quantas vezes tive insônia na vida. Dá para contar nos dedos das mãos o número, mas isso tem mudado de alguns dias para cá e piorou há coisa de uma semana.

Apesar do pouco tempo (apesar de achar que só é "pouco" esse período para quem dorme a noite toda), já aprendi que o ruim mesmo da insônia não é nem ficar acordada. É não ter ninguém acordado ao seu redor.

Em alguns momentos cogitei seriamente em ter um acesso de egoísmo extremo e acordar todos da casa, mas me contive. Tenho buscado refúgio no Pai Nosso, nas caminhadas dentro de casa (especialmente no circuito sala-cozinha-quarto-banheiro), na TV e na rede. Às vezes também apelo para o computador, mas tenho plena ciência que isso é ruim porque acaba ajudando a insônia a me vencer.

E eu não gosto de perder, me entenda bem.

Mas tem horas que não dá para ser racional.

Felizmente, nunca fui de assaltar a geladeira. Nem nunca me rendi de amores a remédios. Ontem, quase sucumbi. Pedi a meu irmão que me comprasse Passiflora, amigos do trabalho haviam me recomendado.

Mas, mesmo sendo fitoterápico, ao ler a bula e ver que era preciso tomar de três a cinco comprimidos para o troço fazer efeito, o medo me venceu e eu preferi arrumar o guarda-roupa.
Aproveitei e fiz um chá também. E, reparem bem, para quem não toma chá rezar para que um faça efeito é porque a situação já está para lá de periclitante.

Percebi nesta última semana que o horário crítico da insônia é entre meia-noite e três horas da madrugada. É um suplício vivenciar essas três horinhas e, por vezes, dá vontade de sair de casa e ficar sentada na calçada da casa da frente ou sair pela rua para ver se tem mais alguém acordado a fim de bater um papo.

Se tivesse feito isso ontem à noite, digo, hoje de madrugada, teria descoberto que a sogra do meu irmão - que é minha vizinha - também rolava na cama desperta. Como não fiz, assisti a todos os jogos da Libertadores da América, ao quarto final da NBA (Golden State Warriors x Phoenix Suns), a reprise do Jornal das Dez e o noticiário na BandNews.

Depois me estiquei na rede em frente à TV e me pus a acompanhar a segunda metade de Lara Croft - Tomb Raider. Eram quase 4h da manhã quando preguei os olhos. Duas horas depois eu estava de pé me preparando para sair pro trabalho.

Tô pregada. Mas não quero cochilar à tarde ou vai ser ainda pior para dormir à noite. O que me faz lembrar que preciso ver qual a programação dos canais SKY para hoje. Por via das dúvidas, o cesto de roupa suja já me aguarda para ser esvaziado logo mais.

Não é que eu esteja com isso querendo tornar esse tormento agradável e até engraçado, o que pretendo mesmo é falar dele durante o dia para que, à noite, eu não dedique um minuto sequer a ele e possa relaxar o suficiente para voltar ao meu soninho agradável de outrora.

Porque eu não quero sair cantarolando por aí "quantas noites não durmo a rolar-me na cama" e, além do mais, para tudo tem limite e eu já tô de saco cheio com isso.

E olha que eu nem tenho um.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Uma mensagem para o Guga

Tem dias que a gente sabe que vão chegar, mas por mais que nos preparamos nunca vamos estar preparados o suficiente para encará-los. Ontem à noite difícil não se emocionar ao ver o Guga tentando não sucumbir à dor e continuar jogando aquele segundo set de sua estréia no torneio de simples do Aberto do Brasil. Ele sabia que era seu último jogo na competição. Nitidamente, não estava agüentando mais e, ao final, derrotado na partida, mais uma vez provou o ser humano raro ao discursar com sua costumeira sinceridade:

- Isso é mais difícil do que ganhar Roland Garros para mim. É muita coisa inesperada, muita emoção. Antes de entrar na quadra, de uma hora para a outra, vieram todas lembranças que o tênis me trouxe. A cada dia que passa, vejo que o tênis simboliza minha vida. Eu amei este esporte, vivi intensamente os anos em que pude jogar meu melhor, vivi mais intensamente ainda os anos em que tive minhas maiores dificuldades, e hoje saio super feliz e satisfeito, e muito orgulhoso por esse carinho que consegui conquistar. Eu aproveito pra agradecer a vocês, e não é que eu não queira jogar mais. Desculpa, mas não consigo mais."




Guga, meu querido e eterno ídolo, você não tem nada pelo qual se desculpar. Tudo, absolutamente tudo, o que você já fez nas quadras e ainda está fazendo nesse seu ano de despedida só nos honra e o enobrece diante do mundo.

Porque você podia apenas ter dito que não jogava mais e pronto. Mas você não é daqueles que foge do páreo. Assim como acreditou no sonho de conquistar os torneios da ATP e ser o número 1 de um mundo tão competitivo e desgastante quanto o do tênis você sabe que há pessoas nas arquibancadas que o admiram.

Felizardos somos nós que o vimos em ascensão, que o vimos conquistar tantos títulos, que vibramos com suas vitórias, que vivemos o seu tempo.

Felizardos somos nós que sorrimos com você a cada troféu erguido, cada ponto conquistado, cada bola recuperada, que respiramos com você a cada suspiro.

Felizardos somos nós em termos sido tão bem representados por alguém que não mudou o jeito de ser mesmo depois de tantos feitos, que foi e será sempre único.

Perdão pedimos nós a ti pela incompreensão de uns poucos neste País que mal sabe o que de tão extraordinário uma simples raquete e uma pequena bola amarela podem fazer.

Nós só temos a lhe agradecer e dizer que o que você não o fez apenas entrar para a história. Foi além. Abriu a porta de nossos corações para ti. E é lá que estarás.

Para sempre!

De volta à blogosfera

Meus queridos cinco leitores,

Depois de três anos ausente, o Coisas dessa vida tão cigana está de volta. Tava sem saco para continuar escrevendo naquela época, mas aos poucos essa vontade foi voltando. Não sei com que regularidade vou atualizar este espaço, mas espero que seja diário feito o anterior.

Neste meio tempo, muita coisa aconteceu. Arrisquei fazer um blog só sobre a vida no subúrbio, outro sobre filmes clássicos e, finalmente, fiz o Aloha - que conta toda a minha preparação para realizar um dos grandes sonhos de minha vida: ir pra Memphis e conhecer Graceland.

E vocês podem se perguntar o que gerou a decisão final de voltar à blogosfera. Pois bem, ela é simples e bem emocional: prestar uma homenagem ao Guga.

É o que vocês vão ler a seguir.