quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Dizer o quê de algo tão lindo?


(pandas e seus tratadores na China)

Mais sobre Obama

Voltamos do Rio na hora que Obama estava fazendo história nos Estados Unidos. Que Deus o acompanhe na longa e árdua jornada que o espera!

E que tal sabermos mais um pouco sobre ele e sua família? Achei bastante legal a misturada que é por lá, afinal é da mistura que é feita a humanidade. A matéria foi divulgada pela Folha de São Paulo de hoje:

SOB NOVA DIREÇÃO / RAÍZES PELO MUNDO
Multicultural, casal recria a imagem da "primeira-família"

Genealogia envolve imigração, mobilidade social e o fim da segregação racial em uma das últimas instituições divididas dos EUA, a famíliaHá cristãos, muçulmanos, judeus e negros, asiáticos e brancos que falam inglês, indonésio, hebraico, suaíli, luo, francês e chinês no clã JODI KANTORDO "NEW YORK TIMES" A avó queniana do presidente trouxe de presente um espanador de moscas de cauda de boi. Primos vieram da cidade da Carolina do Sul em que o tataravô da primeira-dama nasceu escravo. E o rabino da família veio da sinagoga onde celebrara o Dia de Martin Luther King. Também estavam presentes a meia-irmã indonésio-americana de Barack Obama, acompanhada do marido sino-canadense, e o irmão da primeira-dama, negro, e a esposa, branca.

Quando Obama tomou posse como presidente dos EUA, terça, ele estava cercado por um clã que teria chocado gerações americanas e que redesenhou instantaneamente a imagem futura de primeira-família. A família que gerou Obama e sua mulher, Michelle, é negra, branca e asiática, cristã, muçulmana e judaica. Seus integrantes falam inglês, indonésio, francês, cantonês, alemão, hebraico, algumas línguas africanas, incluindo suaíli, luo e igbo, e até mesmo algumas frases de gullah, o dialeto crioulo da região da Carolina do Sul conhecida como Lowcountry.

Muito poucos são ricos, e alguns -como Sarah Obama, a avó que só há pouco passou a ter luz em seu barraco de telhado de zinco- são bem pobres. "Nossa família é nova em termos da Casa Branca, mas acho que não em termos do país", disse em entrevista na semana passada a meia-irmã mais nova do presidente, Maya Soetoro-Ng. "Acho que a Casa Branca nem sempre refletiu as texturas e os sabores deste país." Embora filho de um queniano negro, Obama tem algumas origens presidenciais convencionais do lado da mãe branca: abolicionistas expulsos do Missouri, um Estado escravista; habitantes do Meio-Oeste que passaram pela Grande Depressão e até um punhado de antepassados que lutaram na Guerra da Independência.

Muito menos é sabido sobre as origens da primeira-dama -até por ela mesma. Tendo crescido na zona sul de Chicago, contou seu irmão, Craig Robinson, "era uma espécie de folclore que fulano de tal era parente de sicrano e que seu pai e sua mãe foram escravos". Michelle é de fato descendente de escravos e da Grande Migração, movimento maciço de afrodescendentes que foram para o norte do país na primeira metade do século 20 em busca de oportunidades. Há apenas cinco gerações, seu tataravô, Jim Robinson, nasceu escravo numa fazenda em Georgetown, Carolina do Sul, onde quase certamente drenou pântanos e colheu arroz.

Segundo a genealogista Megan Smolenyak, Michelle tem antepassados com histórias semelhantes em vários lugares do sul do país. Fanny Laws Humphrey, tataravó, foi cozinheira em Birmingham, Alabama, e nasceu antes do fim da Guerra Civil. Outro casal de tataravós, Mary e Nelson Moten, parece ter deixado o Kentucky para radicar-se em Chicago no início dos anos 1860, o que faz supor que podem ter sido libertados antes do fim da escravidão. E, no censo de 1910, alguns ancestrais são citados como mulatos, o que ampara menções a um antepassado branco. ParalelosApesar das diferenças entre as famílias Obama e Robinson, há elementos em comum entre elas. Um deles é a educação.

Outro é uma espécie de autodeterminação aventureira. Nas versões conhecidas, o lado Obama é o que dobrou as regras da geografia e da etnicidade. No entanto a família da primeira-dama inclui vários membros que se aventuraram para longe. Nomenee Robinson prestou serviço na Índia por dois anos; depois, mudou-se para a Nigéria, onde conheceu a esposa. O primo Capers Funnye Jr. foi criado na igreja negra, mas sentiu uma atração pelo judaísmo e tornou-se rabino. Em termos de saltos transculturais ousados, nenhuma figura se equipara a Stanley Ann Dunham Soetoro, a mãe de Obama.

Quando universitária em Honolulu, ela frequentava a organização de intercâmbio cultural Centro Oriente-Ocidente, onde conheceu dois maridos sucessivos -Barack Obama pai, estudante de economia do Quênia, e, mais tarde, o indonésio Lolo Soetoro. Décadas depois, sua filha, Maya, buscava folhetos no mesmo centro quando notou o estudante sinocanadense Konrad Ng, hoje seu marido. Na última segunda, parentes quenianos de Obama circulavam pelo hotel Mayflower, em Washington, com seus lenços coloridos atraindo atenção.

Em festas familiares, conta Craig Robinson, "vemos um monte de gente que fica feliz por estar com a família". "As pessoas são de culturas diferentes, mas o que têm em comum é que são todas da família", diz. São festas que promovem uma mistura feliz de tradições e histórias, como no casamento dos Obama, em 1992, que incluiu quenianos em trajes tradicionais, uma cerimônia africana em que as mãos dos noivos foram simbolicamente amarradas, e, na recepção -num centro cultural que já foi um clube de campo que barrava negros e judeus-, blues, jazz e música erudita . É possível que os eventos da Casa Branca agora passem a ter um pouco desse clima. Tradução de CLARA ALLAIN

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Dias de glória




























Muita correria e já cá estou de volta.

E muito, muito feliz!

Primeiro, foi a síndrome de pânico que não me atacou.

Segundo, foi o tempo que me agradou.

Terceiro, foi o amor pelo Rio que se renovou.

Quarto, foi a amizade que se reviveu.

Quinto, foi o show que não decepcionou.

Como é bom estar e se sentir viva!
E, definitivamente, o Rio me faz bem!!!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Milagre!


Não gosto de saber de acidentes de avião antes de entrar em um, mas minha curiosidade é maior.


Estava para sair de casa ontem quando deram a notícia da incrível história do vôo da US Airways que seguia de Nova Iorque para Charlotte e que parou flutuando no Rio Hudson.


Papai do Céu e todos os anjos da guarda do pessoal ali estavam de plantão.


E ainda tem gente que não acredita em milagres, mesmo depois de ver imagens como esta dos passageiros aguardando resgate nas asas do A320:


Que Deus nos abençoe!

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Diário de uma tia feliz (e coruja!)

Na minha época de não ser lá muito apaixonada por elas, confesso que nunca tive muito jeito pra cuidar delas nem nunca me vi exercendo a função de mãe. Criança cansa a gente, mas como nos dá momentos inesquecíveis. Muitos deles de carinho e amor genuínos.
Ontem, na casa do meu irmão, vivi mais um desses mágicos instantes. Estava tentando ajudar a solucionar o problema com o módulo isolador do micro que dei para eles e depois fui ler gibis com João e Clara. Clarinha pegou um e começou a ler, me deu um e eu o dividi mostrando as figuras a João para explicá-lo do que aquilo se tratava.
Ele no meu colo, escutando que eu fungava o nariz, levantou-se, procurou e pegou a fraldinha dele (de pano, daquelas de amarrar na chupeta) e começou a enxugar meu nariz.
Diz se eu posso com uma coisa dessas?
Posso sim, mas o coração fica daquele jeito. Todo derretido.
Os dois só foram dormir depois que se convenceram de que eu precisava ir pra casa descansar também. Clara pediu para que eu a cobrisse e João não teve dúvidas: pediu-me o mesmo, apesar de dormir descoberto.
É, eles andam numa fase de "a tia é minha".
Clarinha, aquela danadinha, faz mais por brincadeira, mas João - mais novo cinco anos - acha que é à vera. Aí já viu, né?
Eu saí de lá com a imagem de João me pedindo para não ir embora enquanto segurava a minha mão e de Clarinha, já mais acostumada com a separação das casas, dizendo a ele que se ele dormisse, o dia ia nascer logo e ele ia poder me ver de novo.
Lindo, né?
Agora me digam, meus queridos cinco leitores: como é que ainda tem gente que maltrata criança?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Feliz 2009

Eu ia escrever antes de 2008 acabar, mas não foi possível. Agora, ele é passado e é no passado que espero deixar as experiências ruins pelas quais passei durante boa parte dos 366 dias dele.

Descobrir que você não é a Mulher Maravilha que você imaginava ser é duro e quando você é uma pessoa que pensa demais, que é ansiosa demais e que tem pavor de ficar no escuro, isso não é nada bom. Não é mesmo!

Daqui a 16 dias vou enfrentar uma grande prova de fogo: viajar de avião.

Eu nunca fui lá muito fã do transporte aéreo, sim, ele é prático, rápido, mas sempre preferi manter meus pés no chão. Com a síndrome do pânico, este sentimento aumentou no meu coração e, principalmente, na minha cabeça - que é onde reside esta porcaria de problema de saúde mental.

Estou com medo, confesso, mas tenho fé que tudo correrá bem.

Preciso me livrar disso para realizar muitas das coisas que ainda quero fazer na vida.

Então, neste primeiro dia do ano, só posso pedir a Papai do Céu que ele nos proteja de todo o Mal e que nos guie no caminho certo a seguir.

O resto a gente vai aprendendo a lidar no dia-a-dia.

2009, seja bem-vindo!