Plantão médico
É por isso que eu acho que escolhi bem o nome desse blog. A vida é tão cigana que sempre tive a impressão de querer nos fazer estar em vários lugares a cada dia, num redemoinho de acontecimentos e, por conseguinte, sentimentos que só reforça a certeza de que ela (a vida) é muito curta e a gente precisa mesmo é aproveita-la da melhor forma que pudermos.
Esta semana tive mais provas disso.
Mainha estava indo trabalhar, por volta das 6h30 da quarta-feira, quando acabou escorregando e caindo em uma das avenidas mais movimentadas de Recife.
Teve fratura exposta no pé direito e os ligamentos do tornozelo se romperam.
O susto foi grande, mas ela já foi operada e está em casa.
O que não dá pra esquecer é que podia ter sido pior, do tipo: ela poderia ter sido atropelada, ter batido a cabeça, enfim.
E o que também não vou esquecer nunca é o ódio que senti pela prática do plano de saúde, que negou a cirurgia de urgência assim que ela deu entrada no hospital e só depois de um dia inteiro e muita discussão eles resolveram autorizar.
Ela agora vai precisar ficar 90 dias usando uma cadeira de rodas pois não pode por o pé no chão.
Eu vou fazer um plano de saúde particular pra ela, porque o empresarial dela não merece consideração alguma.
E tentar relaxar, porque ontem eu tava tão tensa com o cuidado em tirá-la do carro para não machuca-la que cortei o pé em algum lugar da porta do meu carro, meu pé ficou todo ensanguentado e eu simplesmente não senti. Um primo precisou avisar que meu pé estava todo vermelho e foi então que senti que ele estava molhado.
Era sangue. Aquela coisa que eu queria ter arrancado do pescoço de quem primeiro desautorizou a cirurgia da minha mãe e a fez deixar um dia inteiro sofrendo, sentindo dor e se sentindo desprezada e sem valor mesmo pagando em dia e há anos um prestador de serviço que na hora de fazer a parte dele do contrato simplesmente se nega.