domingo, 10 de maio de 2009

Como é grande o meu amor por você

Parafraseando o que diz uma das mais famosas canções de Roberto e Erasmo, eu posso garantir que quando eu estou ali, eu vivo esse momento lindo! "Ali" e "momento lindo" são uma apresentação do Rei.

Não sei se meus queridos cinco leitores já tiveram o privilégio de conferir ao vivo um show de Roberto Carlos. Eu acho uma experiência única. Talvez seja suspeita a falar pelo fato de já ter visto vários em ocasiões das mais diversas.

Acho que tinha 12 anos quando vi o primeiro e eu não me canso de dizer que ouço o Rei desde os tempos de moradia na barriga da minha mãe. E foi também por ela que estive no Chevrolet Hall ontem e hoje. Dei-lhe de presente a ida ao show da turnê dos 50 anos da carreira dele. Aliás, dei para mim também.

Nunca escondi que sou fã dele, principalmente por TUDO o que ele gravou nos anos 70, e para mim é um prazer estar presente nos shows dele.

A espera

Ontem, penamos CINCO horas na espera pelo show. Primeiro, informaram que os portões se abriram à tarde, mas como ia com mainha e a sogra do meu irmão, combinamos de chegar por lá às 18h30. Lá chegando, a pessoa da bilheteria me informou que o acesso só seria liberado às 21h!!!! E eu de imediato perguntei: então, o show vai atrasar? Sim, amigos, porque foi DIVULGADO EM TODA A MÍDIA E NO SITE QUE VENDEU OS INGRESSOS que a apresentação começaria neste horário.

Já havia uma pequena fila por lá e mainha, coitada, de muletas esperou improvisando um assento em uma rampa.

Às 20h, a confusão aumentou com as filas já dando volta na casa de espetáculo. Coisa de meia hora depois, as portas se abriram e as pessoas começaram a correr como loucas para pegar o melhor lugar.

Acabamos ficando na primeira fila do nosso setor (o mais popular, vulgo o mais barato).

Como a educação é um artigo de luxo no Brasil, as áreas de circulação foram fechadas pelas próprias pessoas que se amontoaram para ficar mais "perto". E como o Chevrolet Hall demonstrou não se preocupar conosco, os não-VIPS - o que desconfio ser uma regra em casas de shows, ir ao banheiro ou ir na lanchonete comprar alguma coisa era um tormento que só tive coragem de enfrentar uma única vez.

Começaram a surgir boatos de que o show começaria às 23h. Mas a hora chegou e passou e nada. As pessoas já estavam pra lá de impacientes quando as luzes se apagaram.

O show
Eram 23h35 quando um clipe mostrando momentos marcantes da carreira de Roberto começou a passar nos telões. Ele na época da Jovem Guarda, nos anos 70, nos anos 90, no programa d'Os Trapalhões, nos especiais da Globo. Um deleite para os fãs.

E aí ele foi anunciado.

O público foi ao delírio!

O Rei, que tantas vezes já comemorou o aniversário em shows em Recife e que foi na cidade que voltou a se apresentar em público, no ano 2000, após a morte da esposa Maria Rita, começou ao som de Emoções, já dando uma ideia de como seria a noite.

Durante aproximadamente duas horas, vários sucessos foram entoados pelo Rei e seus fãs. Coisas que eu só o tinha visto/ouvido cantar em shows quando da época do LP (sim, eu sou do tempo do disco de vinil) e nunca mais porque são músicas longas como Do fundo do meu coração. Mesmo álbum, de 1986, da lindíssima Amor Perfeito - esta última do trio Sullivan, Massadas e Robson Jorge. Aliás, deste mesmo disco, e em homenagem ao Dia das Mães, Roberto cantou a composição feita por ele e Erasmo chamada Aquela casa simples, na qual fala dos conselhos que a mãe lhe dava.

Aproveitando a deixa, Roberto cantou Lady Laura (do disco de 1978), uma declaração de amor à mãe, e Meu querido, meu velho, meu amigo, feita em homenagem ao pai. e lançada no álbum de 1979. Além da aguardada por muitos Detalhes, o Rei cantou Eu te amo, te amo, te amo, coisa linda gravada no disco O Inimitável, de 1968; É proibido fumar do álbum homônino de 1964, Quando, do álbum Roberto Carlos em ritmo de aventura de 1967 - o mesmo que lançou Como é grande o meu amor por você, penúltima música do show, momento no qual começa haver a movimentação de fãs para junto do palco a fim de pegar alguma rosa atirada pelo Rei ou para entregar algum presente; Proposta (de 1973), É preciso saber viver (de 1974), Além do Horizonte (de 1975), aquela música que sempre nos passa aquela sensação de que tudo vai acabar bem; Cavalgada (do disco de 1977, mesmo álbum de Jovens Tardes de Domingo, canção que achei nunca fosse ouvi-lo cantar ao vivo mesmo que em medley) e as temáticas Caminhoneiro e Mulher Pequena, que animou todas as miúdas da platéia, contei umas 10 ao meu redor se levantando e dançando ao som da música.

Um dos momentos mais marcantes do show foi quando ele cantou Nossa Senhora, um hino de fé e devoção, particularmente uma de minhas favoritas.


Jesus Cristo (do disco de 1970) encerrou o espetáculo enquanto todos viam Roberto atirando as famosas rosas vermelhas e brancas (sempre guardando a primeira para Maria Rita) e eu pensava o quanto seria magnífico se Elvis tivesse a oportunidade de vivenciar algo assim caso vivo ainda fosse.

Assim como no momento em que ele brincou apresentando os componentes da banda. Como a maioria está com ele desde os anos 60, Roberto usou os adjetivos "infantil", "jovem", "adolescente" ou expressões do tipo "que toca comigo desde a minha adolescência", sempre arrancando sorrisos e aplausos do público.

Público este que, de tão fiel, já aguarda o anúncio do próximo encontro.

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