quinta-feira, 13 de março de 2008

Arrebentada

Faz três dias que voltei pra academia de ginástica e, logo nos primeiros minutos, veio a constatação: nada mudou no sentimento que nutro pela bicicleta ergométrica. Em resumo: eu odeio, odeio, odeio, odeio, odeio, odeio, odeiooooooooooooo!
Fazer esteira eu adoro, mas ficar pedalando num treco daqueles parece fazer o tempo estancar, regredir ou congelar. Ontem, felizmente, tive a idéia de levar o mp3 e foi menos insuportável fazer o exercício.
Em compensação, mais de 500 exercícios para braço depois, cá estou com a tendinite mostrando dor total. Daí, tô aqui a me perguntar se não foi de propósito para que eles me vendessem o suco contra esta doença....
Sim, eles vendem isso.
Não, eu não vou comprar.
Mas eu sempre que saio de uma academia eu me pergunto: por que alguém não inventa uma forma de emagrecer enquanto a gente dorme?
Ou, quem sabe?, ao respirar?
Quer coisa mais prática que isso?

terça-feira, 11 de março de 2008

Eu amo

Sim, eu falei disso aqui há pouco tempo.

Mas eu vou ter que falar de novo.

Eu sou menudete assumida e com o maior prazer.

Pois, então, que eu tava na secura para ouvir Menudo.

Que fiz eu, em total desespero? Chantagem emocional com mi amore para baixar o restante das músicas que eu não tinha.

Vocês entendem, não é?

É que tem horas em que a gente só quer ouvir aquilo.

Nada mais natural.

Mas você lembrar praticamente de todas as letras e cantar junto quando tem quase 20 anos que você não ouve algumas dessas músicas é coisa de fã, né?

Ainda de quebra ele baixou as músicas dos álbuns que o Robby gravou ao deixar o grupo (E EU AINDA TÕ À PROCURA DAS MÚSICAS DO RAY, ALGUÉM TEM? PELO AMOR DE DEUS!!! EU PRECISO DISSO PARA VIVER MELHOR).

Então, você faz mais ou menos idéia do que tenho ouvido ultimamente.

Eu confesso não ter o menor talento ou vontade de resistir aos clássicos Viva Bravo! (Se teu caso é fantasia e não gosta de melancolia, viva, bravo!), A festa vai começar (Ao anoitecer, quando sol se vai, o amor começa a despertar. E uma canção vem do coração, já vai começar a festa), Em San Juan me apaixonei (Em Sam Juan me apaixonei, o amor estava me esperando na praia), Vem pra luz do Sol (Abre todas as janelas, deixa a luz do sol entrar, movimenta este teu corpo e agora dança) ou Vem por favor (Vem por favor, sente bater meu coração, por que será?
por que esta grande sensação? será o amor? que aparece já, mais e mais, não me importa) ?

O fato é que estou feliz não só pelas músicas e pela chance de poder sentir o gostinho de reviver momentos tão queridos de minha vida quanto de poder ter ao meu lado alguém que entenda esse amor eterno.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Enquanto isso na hidroginástica

Achei muito legal o aulão em homenagem ao Dia da Mulher feito ontem na hidroginástica (sim, eu voltei tem um mês, mas agora perto de casa - mais precisamente na nova escola onde Clarinha estuda).

Depois que todas nós entramos na piscina, a professora apareceu com uma super hiper mega sacola e tirar lá de dentro e jogar em nós... PÉTOLAS DE ROSA!

Emocionou todo mundo até porque ela mandou dar PLAY num CD que ela trouxe especialmente para nós. Começou com aquela música do Erasmo Carlos ("dizem que a mulher é sexo frágil, mas que mentira absurda..."), depois emendou com "tomo um banho de lua, fico branca como a neve..." e vários outros sucessos do tempo em que a maioria das aulas ainda era adolescente.

Como eu sou chegada em "música das antigas", amei também.

Até porque a aula foi de dança e eu descobri que dançar rock na água tem lá suas complicações:P

Tudo ia bem até que a professora, que foi Rainha do Carnaval aqui na cidade, resolveu colocar pagode e axé (eca eca eca). Disfarcei mas não fiz as coreografias não. Sim, eu não gosto e sim, eu uma baixaria.

Mas no geral foi bem divertido!

quarta-feira, 5 de março de 2008

Viva a Revolução de 1817!

Eita que esse veio bem a calhar.

De acordo com a Lei Estadual PE 13.386/07 , de 24 de dezembro de 2007, amanhã é "ponto facultativo no Estado de Pernambuco".

A data foi escolhida depois de uma votação, onde os pernambucanos decidiram quando deveria ser a data Magna do Estado.

Amanhã é aniversário da Revolução Pernambucana de 1817 e, cá para nós, eu estou amando isso tudo.

Espero que a sede da empresa, que não é aqui, não empaque nossa "homenagem":P

sábado, 1 de março de 2008

Há 23 anos

Sabe aquelas datas das quais você nunca irá esquecer?

Aquelas que, de tão marcantes, ficam marcadas na tua mente e no teu coração de forma tal que você é capaz de lembrar de cada momento ocorrido antes, durante e depois?

Há 23 anos, eu vivi um dia desses.

Tinha 11 anos.

Estava aguardando o meu primeiro show.

Durante toda a semana pré, a Rádio Recife passou programas especiais com as músicas do grupo. Nossa, como isso ajudou a aumentar a expectativa para o grande dia.

Levei um susto na véspera.

Na saída da escola, um estranho surgiu do nada com uma bicicleta puxando papo. Eu tinha me afastado das meninas na pressa para chegar logo em casa. Acabei reduzindo a velocidade dos passos e, em grupo, acabei me livrando dele.

Já na rua aqui de casa, foi inevitável não conversar com as meninas sobre o show do dia seguinte. Acho que quase todas as garotas que conheci e suas amigas e suas primas também já estavam de ingresso comprado. A maioria de nós estava indo curtir, minha melhor amiga não. Três anos mais velha que eu, de formação evangélica e apaixonada pelo meu irmão, tinha sido recrutada para vender revistas do quinteto durante a apresentação.

Mainha, coitada, vendo que não tinha como fugir, negociou uma folga no trabalho. Meu irmão queixava-se em ir comigo e minha mãe ao estádio do Arruda. Eu o entendo hoje em dia, claro. Mas eu vivia repetindo que era inveja o que ele sentia.

Às 15h do dia marcado, estávamos na parada do ônibus esperando o coletivo e quando ele chegou a gente não teve dúvidas: todas as meninas dento dele estavam indo para o mesmo lugar. Impossível não puxar papo ou se meter na conversa de alguém para dizer qual integrante era o seu favorito, a música mais animada, a que mais lhe tocava a alma.

O show ia ser às 19h e eu já achava que estávamos atrasados. Não, não estávamos. Mas você acha que é fácil convencer a mente de uma menina de 11 anos que o tempo não passa mais rápido ou mais devagar só porque você quer?

Na integração da Macaxeira, pegamos a segunda condução para o Arruda. E lá havia ainda mais garotas. Todo mundo a caráter. Eu me sentia, já ali, tomando parte de algo realmente especial.

Ao descermos do ônibus e começarmos a caminhada até o estádio (e é uma andada de mais ou menos um quilômetro), via-se uma multidão de meninas de todas as idades. Todas as ruas pareciam levar ao estádio e as garotas pareciam Gremlins se reproduzindo ali, aqui e acolá.

Já entramos no estádio cantando.

Nunca vou esquecer a sensação de entrar e dar de cara com uma multidão já lá dentro. O sol já estava baixando e dava uma coloração muito bonita às pessoas na arquibancada frontal à nossa.

Meu irmão ficou de queixo caído ao notar a quantidade de gente.

Mainha cuidou de arrumar um lugar legal para a gente.

Estávamos longe do palco, sim.

Mas para mim o importante é que eu estava lá.

Ficamos na arquibancada lateral esquerda.

Ainda faltava coisa de duas horas para o show e meus olhos registravam as cenas do que acontecia ali como uma máquina fotográfica.

Todas nós cantando.

As meninas vendendo os produtos sem esconder que eram fãs também.

A surpresa em encontrar a prima de uma amiga cheio de revistas para comercializar.

A hora em que me pisaram o pé quando obedeci mainha e me sentei (ela estava agoniada em me ver em pé todo o instante).

A falta de luz e o fato de, apesar de sentir pânico no escuro, eu apenas ter reagido com um "droga, vai atrasar mais ainda".

E, principalmente, o momento em que as luzes começaram a se apagar e eles surgiram no palco.

O show foi fantástico!

Eu cantei como uma louca!

E eu nunca, nunca vou deixar de ser menudete por causa disso!