Thanks and goodbye, Michael
Dias históricos são assim.
Eles começam comuns como os outros e, de repente, tudo muda. Sem aviso. Tirando de você o controle remoto da sua vida.
Há poucos instantes, foi isso o que aconteceu com Michael Jackson, o Rei do Pop, o homem que cravou seu nome na história da música desde que ainda era um garoto que se apresentava com os irmãos e começava a acumular recordes pela saudosa Motown.
Para muitos, apenas o maluco, o negro que não queria ser negro, o homem da máscara cobrindo parte do rosto, da sombrinha preta protegendo do sol, da luva de cristais, do passo moon walking, das acusações de pedofilia, da fazenda Neverland.
Para quem gostava dele, ele vai ser sempre e "apenas" Michael Jackson.
Fiquei triste com a notícia. Madonna e Michael Jackson marcaram a transição da minha infância para a adolescência e até meados dos anos 90 eu buscava por seus sucessos na rádio. Em 93, chorei por não ter ido ao show dele "lá no Brasil".
Agora, não há mais shows para ir. Só a saudade.
Como Elvis, Michael Jackson vai ter sua vida revirada pelo avesso enquanto discutem o que causou o ataque cardíaco que o matou.
Discutirão remédios. Abordarão a dependência para com eles.
Vão mencionar excentricidades, buscar respostas para a transformação física que marcou sua vida.
Pergunto-me apenas quantas dessas pessoas esquecerão por um momento de fazer caricaturas sobre Michael Jackson assim como fizeram com Elvis e vão parar para pensar no quão triste ele viveu e provavelmente morreu.
E o mais importante: pergunto quantas pessoas darão a ele depois de morto o respeito que, por muitas vezes assim como ocorreu com Elvis, lhe foi negado enquanto vivo.
Descanse em paz, Michael, e obrigada por ter ajudado a compor parte da trilha sonora da minha vida.
Para finalizar, a minha música favorita escrita e gravada por ele:
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